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E que comece a viagem!


Depois de dar errado, as coisas dão certo, não?


De certa forma, sim. De uma forma bem demorada, mas deram.


O atendente do JR Pass, nos deu duas opções de como ir de Tokyo para Osaka utilizando o JR, uma delas usava um trem mais rápido, que claro, não poderíamos usar. Então pegamos o outro com mais trocas de trens.


Que ingênuos...


Não eram apenas mais dois trens, mas uma eternidade de paradas a mais.


Com o outro trem demoraríamos 2 horas no total para chegar em Osaka.


Com esse ai da foto, levamos mais de 4 horas em todo o percurso. Em ambos os casos, o atendente não brincou quando disse que não chegaríamos em Osaka ainda na noite do dia 16.


Dentro da estação de trem, meu primeiro pensamento foi: "se chover, molha todo mundo!" Pensamento de paulista mesmo. Não sei se é possível ver na foto, mas a parte que fica sobre os trilhos não é coberta e consequentemente, se for uma chuva de vento, molha quem estiver na plataforma. Contudo, isso é algo para se descobrir depois.


E apenas em algumas plataformas tem essas portinhas automáticas, como em algumas linhas do metro de São Paulo. A grande diferença é que elas tem metade do tamanho das nossas.


No chão, existem uns adesivos com triângulos e círculos. Ainda não descobri qual a diferença entre eles, pois já embarquei nas duas marações. Só precisa prestar atenção se a não tem um adesivo cor de rosa no chão escrito WOMEN ONLY. É o vagão exclusivo para mulheres. No trem que vai para a Universal Studios, ele é da Hello Kitty.

Sempre que os trens chegam ou vão sair das plataformas toca uma musiquinha, elas possuem algumas variações de estação para estação, mas até agora só ouvi umas 3 diferentes.


E muito ao japoneses por colocarem em rojami (nossa forma de escrita) os avisos com os nomes e horários dos trens! Vocês são uns lindos! Vale lembrar que eu não entendo kanji! Katakana, engasgo, mas vai, hiragana é bem mais tranquilo, mas kanji... Esse vai dar trabalho, se bem que de tanto ler Osaka e Shin-Osaka (a estação perto da casa que alugamos, já decorei).


E muito importante: se está escrito que o trem chegará às 09:16, ele chegará às 09:16! Não é 09:15, nem 09:20. É 09:16 em ponto.


E precisa prestar atenção, pois mais de um trem para destinos diferente passam na mesma plataforma e o mesmo trem pode passar em mais de uma plataforma.


Oi? Como faz? Tem cheiro, gosto ou cor de tamarindo? Não entendi.


Simples.


Para ir para Osaka, precisamos descer nas plataformas 15 - 16.


Às 8:05, por exemplo, o trem que passa em Osaka, vai para na plataforma 15, mas se você perder esse, pode pegar o das 8:07 na plataforma 16, ou seja, dar um 180º e ir para o outro lado pegar o trem para o mesmo lugar.


Contudo, todavia, no entanto, entretanto, às 8:10, na plataforma 15, passará um trem para, sei lá, Kanagawa (por exemplo).


Resumindo, se dormir, perde o trem ou vai parar em outro lugar. Mas de modo geral é bem simples.


As caras dos acabados é a melhor... Sim, estou com sono xp

Voltando à viagem...


Depois de pernoitar em Ueno, no único hostel perto da estação e barato que achamos um pouco antes de fechar, voltamos para a estação de Tokyo e de lá começamos nossa ida de 4 longas horas para Osaka. A viagem foi mega longa pois paramos em todas, sim, TODAS as estações no caminho até Osaka.


E não eram paradas curtas, como o metrô de São Paulo. Elas demoravam uma eternidade. Ou pelo menos parecia uma eternidade que minhas pernas estavam espremidas entre o banco do trem e minha mala, que estava a minha frente. E sempre tinha um santo de um japonês que não via minha mala e reclinava a poltrona do trem. Esmagando um pouco mais minhas pernas.


Elas mandam lembranças e dizem que vão se recuperar em breve. (As penas*).


Não não posso reclamar da vista. Pelo menos na parte em que fiquei acordada. To começando a achar que sofro de alguma doença, pois ando com um sono que não cabe em mim, isso porque passei a maior parte do tempo dormindo no avião (e a outra parte engordando, como já contei).


Reza a lenda que quem vê o Monte Fuji (ou Fuji-san) retorna ao Japão. Tarefa cumprida e fotografada!

Monte Fuji (Fuji-san) ao fundo

Vocês lembram que não tinha Pocket Wifi, nem internet no celular, né?


Pois bem, chegamos a estação de Shin-Osaka.


Descemos do trem.


Saímos pela catraca (graças a Deus era a catraca certa, ainda que não soubéssemos).


E fazemos o que da vida agora?


Pega o mapa! Do Google Maps que o Hiro (dono da casa mandou). Não tem um santo de um nome de rua escrito. Só as bolinhas que indicam o caminho.


A estação é enorme, tem várias entradas/saídas. Lá dentro parece um shopping. E o mapa não diz nada... Absolutamente nada...


Acho o primeiro japonês uniformizado e vou lá com todo meu japonês pra perguntar como ia da estação até a casa. Nem ele entendeu o mapa, o muito menos me entendeu. Ficou olhando um bom tempo para o mapa e decidiu tentar explicar em japonês como iríamos até o apartamento. Acho que nossas caras de "o que você tá falando???" foram bem expressivas, porque ele pediu (com mimica) para que nós o seguíssemos.


Ele nos indicou o caminho e acreditando no que ele nos disse e no nosso "incrível" mapa, conseguimos chegar ao micro-apê.


Como vocês podem ver, esse é todo o apartamento. Tirei essa foto da porta.


Entre a porta e a geladeira tem a pia/fogão de uma boca.


Entre a geladeira e o Ivo, tem a porta do banheiro.


Esse amontoado de coisas são a nossa cama. Sim, eu com minha hernia de disco, estou dormindo no chão! Delicia! Os primeiros três dias não me aguentava de dor. Agora aprendi a dormir de barriga para cima. Agora só acordo com dor de garganta, porque acabo abrindo a boca e respirando por ela.


E o que temos atrás da cortina? Uma mini máquina de lavar! E quando digo mini, é mini mesmo. Se colocar duas calças jeans, não sobra espaço para mais nada. E só dá para centrifugar uma calça por vez, pois a centrifuga é menor ainda.


E sabe o trilho da cortina? Virou nosso varal! Com o ar condicionado no 32ºC, serve como secadora também! Se lavamos a roupa a noite, pela manhã já está sequinho! E só descobrimos isso porque o varal (a haste ente a porta e nossa "cozinha") começou a envergar com o peso das roupas.


Ah!


Passei (leia o Ivo) os quatro primeiros dias da viagem brigando com o Hiro, para saber quando ele ia descer uma das camas do 5º andar para cá.


Já faz uma semana que estou sem cama.


Já acostumei.


Só falta mais uma semana.


Então vamos aproveitar!


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